Bento Gonçalves: quem foi, biografia resumida e ideais defendidos

Bento Gonçalves foi um militar e líder da Revolução Farroupilha (1835-1845), movimento separatista que buscou a independência da província do Rio Grande do Sul do Brasil.

Bento Gonçalves: um dos líderes da Guerra dos Farrapos
Bento Gonçalves: um dos líderes da Guerra dos Farrapos

 

Quem foi


Bento Gonçalves da Silva foi um militar e líder revolucionário gaúcho. Destacou-se, historicamente, ao atuar como um dos líderes da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos).

 

Biografia resumida:


Bento Gonçalves nasceu em Distrito de Piedade (RS) em 23 de setembro de 1788.


Foi soldado no Uruguai no início de sua vida adulta. Foi promovido a cabo em 1812.


Foi nomeado, no Uruguai, juiz de paz da Vila de Melo.


Atuou como capitão na segunda campanha da Guerra da Cisplatina.


Em 1829 foi nomeado coronel de Estado-Maior.



Foi eleito deputado para a primeira assembleia provincial.


Liderou os separatistas na Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos (1835 a 1845).


Em novembro de 1836 foi eleito presidente da República Rio-Grandense, comandando também o exército republicano. Passou o cargo em 1844, pois não aceitou as concessões do Império.


Bento Gonçalves morreu na cidade de Guaíba (RS) em 18 de julho de 1847.



Ideais defendidos:

 

- Defendia o federalismo e a permanência dos impostos na província, posição contrária ao sistema monárquico vigente.

- Era favorável à diminuição das altas taxas sobre o charque e outros produtos gaúchos, que prejudicavam a economia local em benefício dos mercados do Sudeste.


- Buscava a proteção da pecuária e da indústria do charque sulista contra a concorrência do charque platino, que chegava ao Brasil com preços mais baixos.


- Inspirado em ideais liberais, Bento Gonçalves apoiava a criação de uma república independente no Rio Grande do Sul, rompendo com o regime monárquico brasileiro.


- Defendia maior participação da elite rural gaúcha nas decisões políticas, criticando a exclusividade do poder central sobre as províncias.

 

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Atualizado em 04/02/2025


Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).